Quando o dinamarquês Hans Christian Andersen escreveu "O Patinho Feio" em 1843, não fazia ideia de que a fábula ganharia sua versão moderna em 2009. Pode ser essa a explicação para o "fenômeno" Susan Boyle.
A caloura escocesa é assunto há semanas e seus videos no youtube também. Mas o que será que viram nela? Ok, ela tem uma voz potente. Mas nada muito diferente das inúmeras cantoras que já passaram por esse tipo de programa (grande parte delas praticamente ignoradas ou no máximo, posteriormente esquecidas diga-se de passagem).
Talvez tanto alarde se explique pela aparência tenebrosa. Porque a impressão que dá é de que se ela fosse alta, loira e magra, passaria batido aos olhos do mundo.
Mas com o pacote completo da "bruxa de historinha", à primeira vista a gente tem impressão que só falta a verruga e que assim que ela abrir a boca, vem uma voz igualmente assustadora. E então surge o timbre angelical. Pronto. O cisne negro dá o ar da graça. E no espectador surge um sentimento de culpa pelo julgamento precipitado e quase que automaticamente uma certa compaixão por "aquela mulher tão feia mas que pelo menos canta horrores tadinha".
Essa semana ela foi internada com sintomas de depressão. Parece que não aguentou o peso de se tornar celebridade assim tão rápido. É Susan...ser a princesa traz um glamour incontestável, mas a pressão em cima da vilã costuma ser menor.