16/04/2010

Os ignorantes são mais felizes

Até que ponto é vantajoso estar 100% consciente de tudo que acontece ao redor? Tem horas na vida que dá vontade de dizer: "Favor me beneficiar com a ignorância dos fatos. Grata." Isso nos pouparia de uma série de sincericídios.

A natureza do crime varia. Vai desde um atentado ao seu almoço quando aquela tia sem noção reclama do problema "nas partes baixas" que nunca sara, passa pelo relato do seu pai sobre as aventuras libidinosas dos tempos de solteirice. (E nesse caso fica a dica: Pais e responsáveis, embora saibamos a essa altura que não viemos do alface ou da cegonha, toda e qualquer observação que venha a sugerir que vocês já fizeram/fazem/ou vão fazer sexo, é constrangedora.)

Isso sem falar nas confidências disfarçadas de prova de amor. Não, amigo. Ela não precisa saber que você experimentou todas as mulheres do mundo para então ter certeza que era ela que você queria. Vai ser a primeira parte da frase que ela vai absorver. Não a segunda. O que os ouvidos não ouvem, o coração...você sabe o quê.

Se eu ganhasse 10 reais por cada informação desnecessária que recebi como prova de lealdade, confiança ou "só porque precisava contar pra alguém", estaria escrevendo esse texto de algum lugar bem caro de NY. (E pensando por esse lado, dá até vontade de abrir uma ouvidoria especializada em notícias esdrúxulas.)

Mas, como geralmente esse tipo de coisa está mais para informe gratuito, melhor não fazer planos. O jeito é torcer para que alguma mágica aconteça. Já que não dá para lucrar com isso, queria pelo menos poupar ouvidos, alma e coração. Como diria Cazuza: "Os ignorantes são mais felizes."

Um comentário:

Expressivas Impressões disse...

Como sempre você arrebenta! Adorei!